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1.
Rio de Janeiro; s.n; 2009. 114 p.
Thesis in Portuguese | LILACS | ID: lil-583446

ABSTRACT

Este trabalho tem por objetivo apresentar concepções de sofrimento e terapêuticas dos usuários de um ambulatório de Saúde Mental de um posto de saúde localizado na zonanorte do Rio de Janeiro. Estas concepções, calcadas num universo holista e hierárquico de valor, contrastam com as concepções de sofrimento, pessoa e terapêuticas próprias das “práticas psi”, indissociáveis da perspectiva individualista que lhe deu origem, cuja concepção de pessoa é calcada na experiência de uma interioridade psicológica, dotada de liberdade deescolha, autonomia, apontando, conseqüentemente, para concepções acerca do adoecimento e da terapêutica bastante diferentes daquelas próprias a uma configuração hierárquica de valores. Nesse sentido, discutem-se as repercussões que essas diferenças trazem para o estabelecimento de uma relação terapêutica. Observou-se que as concepções de sofrimento e a terapêutica dos entrevistados situam-se na configuração do nervoso, na qual aspectos físicos e morais da perturbação estão imbricados de forma indissociável. Na medida em que eles se auto-representam a partir de suas relações familiares e laborativas, a construção do que seja perturbação está referida a essa relacionalidade, que lhes confere uma identidade numa organização hierárquica. A psicoterapia é também englobada por essa mesma lógica, sendo deslocada do seu sentidoindividualista original, para ser ressignificada à luz do modelo físico-moral da perturbação eda relacionalidade própria à configuração do nervoso. Dessa forma, entende-se a psicoterapia como conversa que visa o “desabafo”, “botar para fora” os problemas, assim como forma de “pensar em outras coisas” que não o problema, duas estratégias consideradas “terapêuticas” na configuração do nervoso.


This work aims to introduce the conceptions of suffering and therapeutics in patients of a public Mental Health clinic. These, inserted in a holistic and hierarchic universe of value,contrast to the conceptions of suffering, person and therapeutics of psychological practices, which are based on individualistic values, on the experiences of a psychological inner self, freedom of choice and self-government. Thus, the consequences of this difference to thetherapeutic relation are discussed.The study perceives that the interviewees` conceptions fits in the “nervous” configuration, in which physical and moral aspects of perturbation are imbricate. The sense ofperturbation involves a process of self-representation emerged from interviewees familial and laborious relationships, that confer an identity in a hierarchical organization on them. Thepsychotherapy is also encompassed by the “nervous” configuration, differing from its original individualistic signification. In this sense, psychotherapy is treated as a “conversation” that has in view to “spit it out” as well as a way of “thinking about other things” – two strategiesconsidered “therapeutical” in the “nervous” configuration.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Delivery of Health Care/ethics , Mental Health , Psychology, Clinical/methods , Mental Health Services , Mental Health Services/trends , Medical Care/ethics , Medical Care/methods , Ambulatory Care Facilities/trends , Psychotherapy/ethics
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